O ato de posse da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista foi prestigiado por dezenas de autoridades, empresários e representantes do setor. O salão Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa, estava lotado na manhã desta quinta-feira (27), quando o Deputado Joe Wilhelm (PP) assumiu oficialmente a presidência da Frente. O parlamentar destacou o trabalho desenvolvido até que aqui pelos antecessores, mas ressaltou que é preciso fazer mais, principalmente em âmbito tributário “Toda a cadeia produtiva do setor, de forma direta e indireta, emprega mais de 497 mil pessoas no Rio Grande do Sul. Trata-se do principal empregador nas regiões do Paranhana, Sinos e Encosta da Serra. A guerra tributária afastou empresas do RS. Precisamos igualar ou até reduzir os impostos na comparação com outros estados, como Santa Catarina, Ceará e Paraíba”.
A fala do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Haroldo Ferreira, foi no mesmo sentido, mas deu ênfase ainda à questão logística “O Rio Grande do Sul fica na ponta do Brasil. O aspecto logístico é um entrave. Temos apenas um porto, em Rio Grande, que fica distante do centro de produção de calçados do Estado. O porto de Arroio do Sal será muito importante para reduzir custos logísticos na exportação dos calçados”,
O Rio Grande do Sul é hoje o segundo maior produtor de pares de calçados do Brasil, atrás apenas do Ceará. “Há mais de 20 anos o calçadista gaúcho é desafiado a se reinventar para seguir competitivo, como melhorias na produção, na comercialização e na qualidade final do produto. Investir na marca é uma característica nossa”, finalizou o novo presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista, Joel Wilhelm.
O parlamentar assumiu uma vaga na Assembleia Legislativa no dia 2 de fevereiro desde ano, e desde lá vem trabalhando em busca de melhorias para o setor calçadista. Duas reuniões na Secretaria Estadual da Fazenda foram realizadas nesse sentido, inclusive com a participação de empresários do ramo. Um parecer técnico é aguardado para ver a viabilidade na redução da carga tributária.